Não se sai de árvore por meio de árvore
Paula Vaz
Fotografias: Paula Vaz
Inclui CD com gravações da autora de fragmentos da obra de Francis Ponge.
Cas’a Edições
Belo Horizonte, 2014, 200p.
Se não se sai de árvore por meios de árvore, se não se sai do homem por meio do homem, qual é a saída? Ponge sugere que podemos sair de nós mesmos por meios dos nossos objetos. Os objetos de amor são altamente subversivos, porque são eles que podem fazer frente à resistência que nosso próprio pensamento impõe. Este livro percorre e realiza o caminho de extração da poesia da vida. Se não podemos falar de amor, falemos de árvores.
“Escrever com um poeta é fazer poesia-mais, mas também concha, casa, receptáculo, morada, ressonância de ouvir o mundo, em suas mil folhas que fazem reverberar em todos os verdes da vida, essa que se escreve e inscreve o sujeito que faz poesia de seus fios, redes, e também fendas, rasuras e tropeços. Frestas. Através do Poeta-Outro, vejo o mundo, revejo-me na construção de minha/tua casa-mundi-escrita, meu mapa vegetal, pensamento antes informulado, antes indecifrável; agora onde meu rosto se desenha, no alumbramento, parece dizer Paula Vaz.” – Ruth Silviano Brandão
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